quarta-feira, 23 de março de 2016

4a fase do projeto (março/2016 a 2018): Estabilidade, variação e mudança construcional

O projeto (já em sua 4a fase) vincula-se à linha de pesquisa "Língua e sociedade: variação e mudança” do Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da Faculdade de Letras da UFRJ. As investigações assumem um destes enfoques para o exame da estabilidade, variação e/ou mudança: (i) funcional(-cognitivista) ou (ii) sociofuncionalista.   
Os estudos orientados para o que é estável e o que muda na língua lidam, em linhas gerais, com estes assuntos: a relação de compatibilização entre construções gramaticais e formas linguísticas, a gramaticalidade das formas verbais simples ou complexas, bem como a variação, mudança construcional ou construcionalização (gramatical ou lexical) de certas construções verbais ou verbo-nominais. Pesquisam-se, em geral, construções de estrutura argumental ou construções do tipo procedural ou lexical. Investe-se, neste caso, no estudo de construções relacionais, construções gramaticais com verbos suporte ou semi(auxiliares) e construções idiomáticas. Focalizam-se, atualmente, estes temas: (i) a compatibilização entre construções (in)transitivas e formas verbais simples ou complexas, (ii) o comportamento discursivo-pragmático, semântico e morfossintático das formas verbais e das construções com que se compatibilizam, bem como sua categorização funcional, (iii) o nível de esquematicidade, produtividade e composicionalidade dessas formas/estruturas em comparação com seus usos em outras construções, (iv) as funções cognitivas das construções.  Para tanto, somam-se orientações do Cognitivismo e da Gramática das Construções a orientações do Funcionalismo e do Sociofuncionalismo adotadas desde as três primeiras fases do projeto. 
As pesquisas orientadas para os casos de variação, seguida ou não de mudança, lidam ou apenas com formas verbais simples, com predicadores simples e complexos ou, ainda, só com complexos verbais. Focalizam-se, no momento, estes temas: construções de impessoalização (com terhaver e ter-se, entre outras formas), construções com verbos suportes em relação de comparabilidade funcional com construções com verbos plenos, construções com SE apassivador/indeterminador com predicadores simples e/ou predicadores complexos, construções de aspectualidade e de modalização,  construções de estrutura argumental.  E examinam-se os processos de variação e mudança dessas construções com base na articulação de orientações da Linguística Funcional-Cognitiva e da Sociolinguística. A partir de um olhar sociofucionalista dos fenômenos linguísticos, lida-se com os problemas das restrições, da transição e da avaliação, desenvolvendo-se as análises de materiais relativos a usos, a percepções e a atitudes no Brasil e em Portugal, nas modalidades oral e escrita e em diferentes domínios discursivos.  Têm especial importância as funções semânticas, discursivas, pragmáticas e cognitivas das construções na elaboração do sentido textual e em diferentes espaços comunicativos, bem como restrições históricas, sociais e individuais.  
Com os resultados obtidos, tenciona-se, em última instância, fornecer subsídios para um tratamento dos temas relativos a predicação e a construções envolvendo verbos, em material produzido no âmbito da descrição linguística e do enfoque didático-pedagógico, mais condizente com os usos e as percepções dessas estruturas.

Um comentário:

  1. Confira o novo site do Projeto, publicado em 2020:

    https://projeto-predicar.wixsite.com/predicar

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